Atualizado: 4 de jul. de 2023
A Lei Geral de Proteção de Dados impõe que todos aqueles que utilizam dados das pessoas tenham maior cuidado para evitar que eles sejam indevidamente compartilhados ou vazados. Para entender um pouco mais sobre os impactos que essa lei traz para o seu consultório odontológico você pode conferir neste artigo aqui: LGPD: O que é e qual o seu impacto na odontologia.
Agora é o momento de você entender sobre uma técnica que pode te ajudar bastante a reduzir riscos de que os dados pessoais que você utiliza dos seus pacientes sejam indevidamente compartilhados, de modo que você evite problemas.
Neste blog você verá:
- Pseudonimização: o que é isso?
- Um breve retrospecto: o que são dados pessoais?
- Como compartilhar dados de forma segura?
- Como um software odontológico pode te ajudar na pseudonimização de dados?
Leia também: Aviso de Privacidade: você já tem esse documento?
Pseudonimização: o que é isso?
Você já deve ter ouvido falar sobre como é comum o uso de pseudônimos na literatura por parte de alguns escritores. A escritora britânica J. K. Rowling – criadora do Harry Potter – escreveu uma obra mais recente com um nome masculino; ou, ainda, a “rainha do crime” Agatha Christie que era famosa pelos seus romances policiais, escreveu também alguns romances com o pseudônimo “Mary Westmacott”.
No Brasil, por exemplo, Machado de Assis escrevia algumas crônicas, principalmente aquelas mais críticas, com o pseudônimo “Boas Noites”, mas ele também já usou outros pseudônimos, como “Victor de Paula” e “Dr. Semana”.
Enfim, por diferentes motivos esses escritores quando usam pseudônimos não querem ser reconhecidos, isto é, não querem ser identificados por aqueles que não sabem que eles utilizam aquele pseudônimo. Mas ao mesmo tempo a obra não é completamente anônima, pois tem um escritor. Basta saber de quem é o pseudônimo para você saber de quem é a obra escrita.
A técnica da pseudonimização serve exatamente para isso, para diminuir o risco de que outras pessoas possam identificar a quem certos dados se referem, e é uma técnica recomendada para ser aplicada, sempre que possível, como medida de segurança na lei geral de proteção de dados.
Mas antes de falarmos como você pode aplicar essa técnica no seu consultório, vamos fazer uma breve retrospectiva.
Um breve retrospecto: o que são dados pessoais?
Quando falamos em dados pessoais eu tenho certeza que a primeira coisa que vem na sua cabeça é o nome de alguém. Você não está errado: o nome, sobrenome, endereço, RG, CPF são alguns exemplos de dados pessoais.
Mas eles não são os únicos, já que são considerados dados pessoais todas as informações que possam de alguma forma identificar uma pessoa, o que pode incluir informações diversas, que vão desde a sua placa de veículo, até informações sobre a sua saúde, sobre origem racial ou étnica, convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a organização de caráter religioso, filosófico ou político, entre outros.
Por sua vez, os dados pessoais tem uma espécie que precisa ter maior cuidado, são aqueles dados que quando indevidamente compartilhados podem causar um dano grande ao indivíduo, por gerarem uma exposição muito grande de sua intimidade e permitirem alguma espécie de discriminação. Essa espécie a lei optou por considerá-las como dados pessoais sensíveis.
Aquelas informações de saúde que estão nos exames e na sua ficha de anamnese odontológica, por exemplo, fazem parte desse tipo de dado pessoal sensível, já que contém informações relevantes sobre a vida pregressa do paciente, inclusive, sobre doenças que ele possa ter.
Como compartilhar dados de forma segura?
É comum que você precise compartilhar alguns dados pessoais com outros profissionais, como por exemplo, com o protético que irá confeccionar os materiais que forem essenciais para o prosseguimento do tratamento odontológico.
Nesse momento, algumas informações não precisam ser compartilhadas, já que não serão necessárias para o trabalho do profissional protético.
Portanto, é uma ótima oportunidade de você pseudonimizar os dados e ao invés de mandar uma ficha do paciente com o nome “Carlos” com diversos dados pessoais do mesmo, apenas envie que se trata do “paciente 01” ou do
“prontuário 01”.
E na ficha do paciente que está em seu poder, coloque além dos dados do mesmo, o seu pseudônimo que você vai utilizar quando for fazer esse tipo de compartilhamento. No caso do exemplo, “paciente 01” ou “prontuário 01”.
Desse modo, o protético não conseguirá identificar de quem são aquelas informações que foram compartilhadas, o que apenas você conseguirá fazer, já que apenas você sabe que o “paciente 01″/”prontuário 01” é o pseudônimo do paciente “Carlos”.
Leia também: Cadastro de Pacientes: Como utilizar a favor da sua clínica odontológica
Como um software odontológico pode te ajudar na pseudonimização de dados?
Ainda que seja possível trabalhar com fichas de papel e usar a pseudonimização, é extremamente recomendável que esse procedimento seja feito por um software, já que o pseudônimo do seu paciente não poderá ser confundido no seu consultório.
Um software odontológico permitirá que você possa identificar seus pacientes não apenas pelos seus dados pessoais, mas conferindo um número específico ao seu prontuário digital, de modo que você reduza a circulação de dados pessoais e, assim, diminua os riscos de vazamentos indevidos de informações de seus pacientes.
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