Há uma série de fatores que podem contribuir para a perda dos dentes. Enquanto alguns pacientes apresentam lesões, doenças e desgastes, outros simplesmente não desenvolvem certos dentes, durante o crescimento.
A falta desses dentes cria problemas estéticos e funcionais. Isso, por sua vez, pode resultar em alterações faciais indesejáveis, efeitos prejudiciais na capacidade de mastigação e, consequentemente, na confiança e autoestima do paciente.
Nesse sentido, a prótese dentária é uma especialidade odontológica que envolve o diagnóstico, planejamento do tratamento, reabilitação e manutenção da função oral, saúde e estética de pacientes com dentes perdidos ou danificados e tecidos bucomaxilofaciais comprometidos, utilizando substitutos bioquímicos.
O responsável pelo desenvolvimento desses dispositivos é o protesista, um especialista que se dedica à substituição e manutenção dos dentes e à restauração da melhor aparência possível do sorriso de um paciente.
Para apresentar todas as particularidades do tratamento com prótese dentária e da atuação do protesista no consultório odontológico, preparamos este artigo.
Boa leitura!
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O que são as próteses dentárias?
Uma prótese dentária é um dispositivo desenvolvido para substituir dentes perdidos e/ou danificados. Isso porque, quando esse tipo de problema existe, ele pode afetar a saúde óssea da mandíbula e colocar outros dentes do paciente em risco.
No entanto, uma prótese dentária pode fazer muito mais do que apenas melhorar o aspecto estético do sorriso. Afinal, a falta de um dente pode afetar não só a capacidade de mastigar do paciente, mas aumentar o risco de doenças gengivais.
Para solucionar esses problemas, existem vários tipos de próteses, algumas delas são fixas, como as coroas e implantes, já outras são removíveis, incluindo próteses totais ou parciais, que podem ser retiradas conforme as necessidades do paciente.
Cada prótese apresenta suas particularidades de desenvolvimento e aplicação, vamos conhecê-las a seguir.
Quais são os tipos de próteses dentárias?
Como citei anteriormente, um paciente pode perder um ou mais dentes, devido a uma série de fatores. Enquanto alguns pacientes apresentam lesões, doenças e desgastes, outros podem até mesmo não desenvolver alguns dentes durante seu crescimento.
Para atender as diferentes necessidades de cada paciente, foram criados alguns modelos de prótese dentária. Alguns deles são fixos, outros removíveis e entre os principais podemos destacar:
1. Prótese dentária removível
Uma prótese dentária removível, também conhecida como prótese móvel, como seu próprio nome sugere, é um dispositivo que permite ao paciente colocá-la ou retirá-la da boca quando quiser.
Esse tipo de prótese é apoiado diretamente sobre a gengiva do paciente e, em alguns casos, também pelos dentes remanescentes, as chamadas próteses esqueléticas.
Quanto a sua fabricação, uma prótese removível pode ser feita dos seguintes materiais:
- Prótese Acrílica: esse modelo é confeccionado em resina acrílica que seja biocompatível com a gengiva e demais tecidos orais. Ela pode ter ganchos adaptados aos dentes para ajudar na retenção.
- Prótese Esquelética: a prótese esquelética tem sua estrutura de suporte confeccionada em metal, normalmente cromo ou cobalto, e dentes em acrílico.
- Prótese Mista: a prótese mista é basicamente uma prótese acrílica com sua parte central substituída por uma barra em metal, normalmente o inox, diminuindo seu volume, mas com o aspecto negativo de menor retenção.
- Prótese Flexível: esse modelo, também conhecido como semiflexível, apresenta uma ligeira flexibilidade, o que permite substituir os ganchos metálicos por elementos com a mesma cor do dente ou gengiva, sendo uma opção mais agradável para a estética.
Entretanto, não é um tipo de prótese muito usada devido a algumas desvantagens que apresenta, como maior dificuldade de manuseio pelo paciente, menor biocompatibilidade e dificuldade de manutenção.
2. Prótese dentária fixa
A prótese dentária fixa, também conhecida como coras ou pontes, permite restaurar, parcial ou totalmente, a coroa de um ou mais dentes do paciente. Esse modelo de prótese pode ser instalado sobre os dentes naturais ou sobre implantes.
Para confeccionar uma prótese fixa, primeiro é feita a prótese protocolo, implicando o preparo dos dentes naturais para serem recobertos com as coroas ou pontes, normalmente feitas pelo protético e cimentadas pelo cirurgião-dentista.
No caso das próteses sobre implante, existem situações em que ela pode ser removível, com sua fixação aos implantes dentários sendo feita com um grampo, molas de encaixe ou “clips”, que estabilizam a prótese como se ela fosse fixa, mas com possibilidade de remoção.
Devido essas características, podemos agrupar as próteses dentárias fixas em modelos de coroa dentária, pivot e coroa de Richmond ou ainda, a famosa ponte, utilizada nos casos onde já existe a falta de um ou mais dentes.
Existem ainda, as próteses fixas esqueléticas, de faceta e adesivas, conhecidas como ponte de Maryland. Quanto a desvantagens, a prótese fixa geralmente tem um valor mais elevado de produção.
3. Prótese dentária total
A prótese dentária total é feita para reproduzir uma arcada dentária completa, seja ela superior ou inferior, é sempre removível, exceto nos casos da prótese sobre implantes.
A prótese total é confeccionada em resina acrílica biocompatível, pois como todos os dentes estão ausentes, não é possível haver retentividade para uso de uma prótese esquelética.
4. Prótese dentária parcial
A prótese dentária parcial, como seu próprio nome indica, é constituída de apenas um (coroa unitária) ou mais dentes (dois ou mais dentes), podendo ser fixa ou removível.
A prótese parcial removível pode ser também esquelética, caso os dentes existentes tenham condições para servirem de suporte a ela.
5. Implantes
Por fim, uma excelente opção de prótese dentária para substituir um dente perdido é o implante dentário. Os implantes são colocados no maxilar e mantidos no lugar à medida que um novo material ósseo se forma ao seu redor.
Para que eles funcionem, um dispositivo semelhante a um parafuso é instalado no maxilar do paciente, onde está faltando o dente. Em seguida, o cirurgião-dentista adiciona um pilar que irá segurar a coroa.
Se o osso ao redor do implante precisar cicatrizar primeiro, o pilar é instalado alguns meses depois. Por fim, uma coroa é cimentada ao pilar para combinar com os dentes naturais do paciente.
Ainda é possível classificar uma prótese quanto ao número de dentes que a constituem. Ou seja, podemos ter próteses que incluam todos os dentes, ou apenas parte deles.
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Quando utilizar próteses dentárias: entenda os casos
A prótese dentária é um tratamento indicado para aqueles pacientes que perderam um ou mais dentes naturais. Os motivos para essa perda são diversos e você confere a seguir.
Doenças periodontais
Doenças periodontais são aquelas que comprometem a fixação dos dentes do paciente, como a gengivite e periodontite. Esse tipo de doença é mais recorrente entre homens com mais de 35 anos, entretanto, elas podem acometer qualquer pessoa, principalmente as com predisposição genética.
Para evitar esse tipo de doença, o ideal é que o paciente mantenha uma excelente higiene bucal e faça visitas regulares ao dentista.
Perda ou fratura dental
Acidentes como quedas, fraturas e pancadas podem trazer como consequência a queda ou quebra dos dentes. Além desses, fatores como idade avançada, bruxismo (ranger dos dentes), dieta rica em ácidos e açúcares, desgaste natural dos dentes e maus hábitos de higiene bucal também podem acelerar a perda dos dentes.
Dentes extraídos
A falta de cuidados com a higiene bucal, como não escovar ou usar fio dental regularmente, entre outros, costumam danificar as gengivas ou facilitar os danos aos dentes, exigindo a extração do dente.
Nesses casos, para substituir os dentes extraídos é indicado o uso de uma prótese dentária. Entretanto, o ideal é evitar esse tipo de complicação nos dentes, instruindo o paciente a manter uma boa higiene bucal e fazer visitas regulares ao dentista.
Doenças autoimunes
Existem ainda, os casos em que o paciente mantém uma excelente higiene bucal, mas a incidência de doenças autoimunes (como a síndrome de Sjögren, Lúpus e Doença de Crohn) acabam levando a perda dos dentes.
Nesses casos, as células de defesa do corpo impulsionam os processos que levam bactérias a causar algumas doenças bucais, como a periodontite e consequentemente, a perda dos dentes.
Para evitá-las, é recomendado que o paciente faça check-ups e exames regulares.
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Principais cuidados com a prótese dentária
Para que o paciente desfrute de todos os benefícios de sua prótese e não tenha nenhum imprevisto, ele deve tomar alguns cuidados. Eles são:
Manuseio ao tirar e colocar a prótese
As próteses móveis podem ser manuseadas pelo próprio paciente, seja na retirada ou inserção dela na boca. O ideal é que ele tenha muito cuidado nesses momentos, para evitar que as estruturas da boca sofram lesões ou que a prótese seja danificada.
Para algumas próteses, especialmente as totais, é recomendado removê-las para dormir, permitindo que as gengivas descansem e evitando o acúmulo de bactérias.
Higienização
Assim como o paciente deve manter uma excelente higiene de seus dentes naturais, o mesmo vale para a sua prótese.
Ele deve realizar a escovagem após as refeições e antes de dormir, e essa limpeza poderá ser feita com um pouco de pasta e em seguida com enxágue em água abundante.
A correta higienização evita que a resina acrílica das próteses fique encardida, ou seja, amarelada ou pigmentada pelo acúmulo de resíduos, como acontece com o tártaro nos dentes naturais.
Manutenção periódica
Um dos principais cuidados com as próteses dentárias são as visitas regulares ao dentista. Dessa maneira, o dentista consegue ter um acompanhamento eficaz do tratamento, avaliando a oclusão, mucosas e necessidade de manutenção da prótese.
Como se tornar um profissional de prótese dentária?
Para que alguém possa exercer a profissão de Técnico Protesista, é necessário concluir um curso de Técnico em Prótese Dentária. O curso tem uma carga horária de 1200 horas, abordando temas como fundamentos da ortodontia, morfologia, anatomia dental e da oclusão, entre outros. Esse curso deve ser reconhecido pelo MEC e, em algumas regiões, pelo Conselho Regional de Odontologia (CRO), com possível necessidade de registro para o exercício da profissão.
Após formado, esse profissional é quem trabalha em conjunto com o cirurgião-dentista para restabelecer as funções mastigatórias e estéticas dos pacientes através de próteses dentárias.
Em relação ao mercado de trabalho, esse profissional pode atuar em várias frentes, como em laboratórios de prótese, prestar serviços para clínicas, promovendo congressos e cursos, dando aulas, produzindo as próteses para implantes e várias outras funções.
O salário de um protético costuma depender da produção do profissional, mas a média salarial é de R$2.833.
Entenda também sobre a importância da Humanização no Atendimento Odontológico.
Conclusão
As próteses dentárias são essenciais para devolver aos pacientes não apenas a funcionalidade da mastigação e a estética do sorriso, mas também a confiança e a qualidade de vida.
Com uma grande variedade de tipos e materiais, as próteses atendem a diferentes necessidades e preferências, proporcionando soluções personalizadas para cada caso. Mas para que o tratamento seja bem-sucedido, é fundamental que o paciente adote cuidados regulares com a prótese, desde a higienização até a manutenção periódica com o dentista.
Além disso, o papel do Técnico em Prótese Dentária é essencial nesse processo, colaborando com o cirurgião-dentista para garantir resultados satisfatórios e duradouros.
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