O melasma é uma condição crônica da pele que afeta muitas pessoas, especialmente mulheres. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, cerca de 35% das mulheres brasileiras sofrem com melasma. Muitos profissionais da estética ainda tratam as manchas sem considerar o equilíbrio do corpo, o que pode gerar o famoso efeito rebote.

Embora o melasma seja frequentemente tratado apenas a nível de pele, ele é, na verdade, um sintoma de um desequilíbrio interno. Em vez de apenas clarear as manchas, é fundamental que você identifique a causa subjacente do melasma. Ao equilibrar a saúde do seu paciente, conseguimos tratar a raiz do problema, evitando recidivas e proporcionando resultados duradouros.

Neste blog, vamos explicar como identificar o melasma corretamente, compreender suas causas e oferecer um tratamento eficaz e duradouro. Ao adotar uma abordagem integrada, é possível tratar a raiz do problema, garantindo que o melasma não volte e melhorando a autoestima do paciente de forma segura e eficiente.

Texto por Dra. Marina Feld

Boa leitura!

O que é Melasma?

O melasma é uma condição caracterizada pelo surgimento de manchas escuras na pele, geralmente no rosto. No entanto, em vez de considerar o melasma apenas como um problema estético da pele, é importante entender que ele é um sintoma. Ele reflete desequilíbrios no corpo que devem ser corrigidos para um tratamento eficaz.

O impacto do melasma vai além da estética. Ele afeta diretamente a autoestima dos pacientes, que muitas vezes buscam soluções rápidas e eficazes para se livrar das manchas. No entanto, é crucial que o tratamento seja completo e leve em consideração a saúde global da paciente, o que ajuda a evitar o efeito rebote e promove resultados permanentes.

Por exemplo,  se a causa do melasma for um desequilíbrio na tireoide, ao tratar essa disfunção, o organismo volta a produzir a quantidade adequada de melanina, evitando a hiperpigmentação excessiva.

O melasma pode ser classificado das seguintes formas:

• Melasma Inflamatório
  
• Melasma Emocional
  
• Melasma Medicamentoso
  
• Melasma Hormonal
  
• Melasma por Carência Nutricional

Essas são as principais causas e fatores de risco:

• Toxicidade presente em alimentos industrializados e cosméticos
  
• Expossoma
  
• Alimentação inflamatória
  
• Carência de vitaminas e minerais
  
• Baixo consumo de água
  
• Falta de gestão emocional

Ao compreender as causas do melasma, podemos aplicar um tratamento mais eficaz e personalizado e entregar ao paciente o que ele realmente espera do nosso atendimento. Você pode gostar: Skinbooster e Rejuvenescimento Facial: vale a pena investir?

Como identificar o Melasma na prática clínica?

do paciente. Cada sintoma indica um possível desequilíbrio, e, para um tratamento assertivo, é fundamental analisar os sinais apresentados.

Veja este exemplo prático:

Se a sua paciente apresenta queda capilar, fluxo menstrual intenso, irritabilidade e extremidades frias, isso pode indicar um problema na tireoide. Exames laboratoriais são essenciais para confirmar o diagnóstico e tratar a causa raiz.

Atualmente, trabalhos com esses métodos de diagnóstico para as possíveis causas dessa condição:

• Exame clínico visual: utilizando o mapa facial do melasma, podemos observar a relação das manchas com órgãos vitais.
  
• Sintomatologia clínica: os sinais e sintomas apresentados pelo paciente ajudam a identificar o possível desequilíbrio interno.
  
• Exames laboratoriais: é importante que os exames sejam realizados em níveis ideais (de prevenção e equilíbrio de saúde), não apenas nos níveis de referência. Profissionais da estética podem solicitar exames laboratoriais para garantir um tratamento assertivo.

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Tratamentos e estratégias para controle do Melasma

O tratamento do melasma deve ser baseado em uma abordagem multidisciplinar, que inclui os seguintes pilares:

• Desintoxicação
  
• Desinflamação
  
• Equilíbrio e Nutrição
  
• Remoção do Depósito de Melanina

Ao iniciar o tratamento, é imprescindível que você instrua o seu paciente sobre a devida importância dos cuidados diários e fotoproteção, como os seguintes:

• Uso de protetores solares físicos (sem xenoestrógenos e disruptores endócrinos)
• Alimentação rica em proteínas, evitando açúcares, alimentos industrializados, glúten e lactose
• Manutenção de uma rotina saudável de sono e gerenciamento do estresse

Após tratar as causas subjacentes do melasma, é possível remover o excesso de melanina com técnicas estéticas que temos disponíveis, como:

• Microagulhamento
• Peelings
• Lasers
• Luz pulsada

O segredo para um tratamento eficaz e sem efeito rebote está em tratar a raiz do melasma, garantindo que as intervenções estéticas sejam feitas no momento certo, de forma que resultem em sucesso a longo prazo.

Como orientar seus pacientes sobre o tratamento do Melasma?

O paciente deve entender que o tratamento do melasma não é apenas sobre clarear a pele, mas também sobre manter hábitos saudáveis e equilibrar a saúde de dentro para fora. A alimentação, a ingestão de água e a gestão do estresse são essenciais para evitar que o melasma volte.

Importância da adesão ao tratamento

A adesão ao tratamento é crucial para o sucesso a longo prazo. Se o paciente não estiver disposto a adotar um estilo de vida saudável, o melasma poderá retornar, independentemente do tratamento. No entanto, muitos pacientes já estão tão frustrados com soluções temporárias que se tornam mais dispostos a seguir um plano mais completo.

Erros comuns que devem ser evitados

O uso de peelings e outras técnicas sem tratar a causa raiz do melasma pode resultar em um agravamento da condição. Isso ocorre porque, ao não tratar o desequilíbrio interno, o melanócito continuará a produzir melanina em excesso, levando a manchas crônicas, mais difíceis de tratar.

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Conclusão

O diagnóstico correto e o tratamento eficaz do melasma exigem uma abordagem integrativa e personalizada. É necessário entender os sintomas apresentados pela paciente e confirmar a causa raiz através de exames laboratoriais.

O papel do profissional da estética é fundamental. Com um diagnóstico correto, a elaboração de um plano de tratamento individualizado e a aplicação dos 4 pilares de tratamento, é possível trazer o corpo da paciente à homeostase e evitar que ela adoeça. Diferente dos tratamentos tradicionais, que apenas tratam a pele, você tem o poder de ir além e proporcionar resultados verdadeiramente eficazes para seus pacientes.

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