Emergências odontológicas são situações imprevistas que exigem atenção imediata para evitar complicações graves à saúde bucal e, em alguns casos, à saúde geral do paciente. Esses episódios podem variar de traumas dentários a infecções severas e hemorragias, sendo essenciais para a preservação da saúde dental e do bem-estar do paciente.
Embora todos os dentistas tenham conhecimentos gerais para lidar com emergências, existem especialistas treinados para oferecer um atendimento ainda mais qualificado nessas situações.
No Brasil, os profissionais mais especializados em emergências odontológicas são os cirurgiões-dentistas com especialização em áreas como cirurgia bucomaxilofacial, que trata de traumas, fraturas e deformidades faciais, e endodontia, que lida com infecções e traumas que afetam a polpa dental.
Segundo dados do Conselho Federal de Odontologia, existem mais de 7 mil dentistas especializados no atendimento de emergências odontológicas, como os de cirurgia e traumatologia buco maxilo faciais. Esses especialistas têm um papel fundamental na gestão de situações críticas, garantindo que o paciente receba o cuidado adequado no momento certo.
Confira neste artigo quais as emergências odontológicas mais comuns, como atendê-las corretamente e quais os cuidados que os profissionais devem ter.
Boa leitura!
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O que é uma emergência odontológica?
Emergências odontológicas são situações que demandam atenção imediata devido ao risco que oferecem à saúde bucal do paciente. Elas podem envolver desde a perda ou fratura de dentes até infecções graves, e exigem uma abordagem rápida e precisa.
Esse tipo de situação não deve ser confundido com casos que necessitam de cuidados urgentes, mas não representam risco iminente de vida. No contexto clínico, é fundamental que os dentistas estejam preparados para identificar e agir de forma eficiente em emergências odontológicas, minimizando danos e evitando complicações mais graves.
Qual a diferença entre emergência e urgência odontológica?
Uma das principais confusões que podem surgir no atendimento odontológico é a diferenciação entre emergência e urgência. Embora ambos exijam atenção rápida, eles se distinguem principalmente pela gravidade da situação.
A emergência odontológica é caracterizada por um risco imediato à saúde do paciente, como em casos de infecções graves ou trauma dentário significativo, onde o tempo de resposta pode ser determinante para a preservação da vida ou da saúde bucal. Já as urgências odontológicas envolvem situações que precisam de atendimento prioritário, como dor intensa ou pequenas fraturas, mas sem risco imediato à vida do paciente.
Quais as emergências odontológicas mais comuns?
As emergências odontológicas mais comuns são aquelas que envolvem traumas físicos, como a queda de um dente ou fraturas dentárias e da mandíbula. Podem envolver também quadros infecciosos e alérgicos, que também trazem riscos se não forem cuidados a tempo.
Veja as emergências odontológicas mais atendidas nos ambulatórios:
Queda de dentes
No caso de um dente caído, por exemplo, é fundamental que o paciente ou a pessoa que o acompanha mantenha a calma.
O primeiro passo é procurar preservar o dente, caso ele tenha sido totalmente ou parcialmente perdido, mantendo-o em solução salina ou leite, e buscar atendimento imediato.
Em situações de fraturas dentárias ou da mandíbula, o tratamento inicial deve ser voltado para o controle da dor e a estabilização da região afetada até que o dentista possa realizar uma avaliação mais detalhada.
O atendimento rápido nessas situações é importante para evitar a perda total da estrutura dental ou complicações mais graves.
Infecções bucais
As infecções graves, como abscessos dentários e celulite bucal, também são emergências odontológicas que exigem cuidado imediato. O abscesso pode evoluir rapidamente e causar sérias complicações, como a propagação da infecção para outras áreas da cabeça e pescoço.
A celulite bucal, que é uma infecção extensa, pode colocar a vida do paciente em risco caso não seja tratada adequadamente, levando à dificuldade respiratória ou à septicemia. O tratamento inicial deve focar no controle da infecção e na estabilização do paciente.
Hemorragias bucais
Hemorragias bucais representam outra emergência odontológica comum que os dentistas frequentemente enfrentam. O sangramento excessivo, que pode ocorrer após um procedimento ou trauma, exige uma abordagem imediata para controle.
O dentista deve realizar o controle do sangramento, utilizando técnicas de compressão e, em alguns casos, suturando a área afetada para interromper a perda de sangue. Caso a hemorragia não seja controlada rapidamente, pode ser necessário encaminhar o paciente para um centro de atendimento especializado.
Trauma facial, luxação dentária e reação alérgica
Outros casos de emergência odontológica incluem trauma facial, luxação dentária e reações alérgicas. O trauma facial pode envolver danos aos tecidos moles e ossos faciais, exigindo cuidados com a integridade da estrutura óssea e o manejo da dor.
A luxação dentária, onde o dente é deslocado de sua posição normal, também precisa de intervenção imediata para reposicionar o dente e evitar danos irreparáveis. Já as reações alérgicas, seja a medicamentos ou materiais usados no consultório, podem causar reações graves como anafilaxia, exigindo um atendimento rápido e eficaz para garantir a segurança do paciente.
O que fazer em caso de uma emergência odontológica?
Quando o profissional se depara com uma emergência odontológica, a principal recomendação é manter a calma. Agir de forma rápida e precisa é fundamental para minimizar os danos e garantir que o paciente receba o atendimento adequado.
O controle de sangramentos deve ser uma das primeiras ações, especialmente em casos de trauma ou extração dentária. Caso um dente tenha sido perdido ou fragmentado, é importante tentar preservá-lo em um meio adequado, como leite ou solução salina, até o atendimento profissional.
Além disso, é essencial controlar a dor do paciente, utilizando analgésicos quando necessário, e garantir que o paciente seja encaminhado para o dentista ou hospital com a maior urgência possível.
Conclusão
As emergências odontológicas, como qualquer outra, não tem hora para acontecer. Por isso é que os dentistas devem sempre estar atentos e preparados para os protocolos desse tipo de atendimento, para reparar os danos com agilidade sem perder a humanização com o paciente.
O atendimento a uma emergência odontológica deve ser feito com rapidez, precisão e calma, para evitar complicações graves e garantir a saúde do paciente. O dentista, por sua vez, deve estar sempre atualizado e preparado para lidar com essas situações, com ações bem-definidas para cada tipo de emergência. Isso não apenas preserva a saúde bucal do paciente, mas também pode ser fundamental para salvar vidas em casos mais graves.
É importante também ter sempre o prontuário atualizado do paciente em um software odontológico de confiança, para que em atendimentos posteriores o dentista já saiba qual o tipo de tratamento o paciente se submeteu e se possui alguma restrição para os próximos atendimentos.
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