Cadeira odontológica: tudo o que você precisa saber sobre esse equipamento

Olivia Gravina
Março 11, 2025
Tempo de leitura: 15 minutos
Atendimento ao Paciente
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Cadeira odontológica: imagem ilustrativa de um equipamento completo para clínicas.
Muito além de um simples assento, a cadeira odontológica é uma peça central no consultório.

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O tratamento odontológico, muitas vezes, exige que o paciente tenha tranquilidade e paciência. Seja uma limpeza mais avançada, uma extração dentária ou um implante dentário, alguns tratamentos são mais demorados por natureza, exigindo que o paciente passe mais tempo na cadeira odontológica.

E se para o paciente, ficar muito tempo na cadeira pode ser desconfortável, para o dentista também tem desvantagens. Movimentos repetitivos e muito tempo na mesma posição podem acarretar vários problemas de postura ou lesões por esforço repetitivo. 

Para evitar essas situações, é necessário que o profissional invista em uma boa cadeira odontológica. Quando bem-desenvolvida ajuda o paciente a ficar confortável durante a realização do tratamento, enquanto que o dentista consegue atender com conforto e sem se prejudicar fisicamente.

Se hoje as cadeiras odontológicas são confortáveis e tecnológicas, saiba que nem sempre foi assim. Os primeiros modelos eram adaptações de poltronas comuns, nada confortáveis nem para o paciente, nem para o dentista. 

Para ver o quanto esse equipamento evoluiu, como ajuda a transformar o conforto dos consultórios e quais os valores encontrados, acompanhe esse artigo até o fim. Boa leitura!

Veja também: Equipamentos odontológicos essenciais para garantir qualidade e segurança na sua clínica

O que é a cadeira odontológica e qual sua função?

A cadeira odontológica é um dos equipamentos mais icônicos e essenciais dentro de um consultório. Mas você já parou para pensar em como ela evoluiu ao longo do tempo e quais características tornam esse equipamento tão importante para a prática clínica e o conforto dos pacientes? 

Muito além de um simples assento, a cadeira odontológica é uma peça central no consultório. Ela foi projetada para proporcionar conforto ao paciente durante os procedimentos e, ao mesmo tempo, oferecer ao profissional uma posição de trabalho ergonômica, facilitando o acesso e a visibilidade na cavidade bucal. 

Sua estrutura permite ajustes de altura, inclinação e posicionamento, otimizando a rotina clínica e contribuindo para a qualidade do atendimento. Hoje, podemos encontrar diversos modelos no mercado, que se adaptam ao estilo de trabalho e às necessidades de cada profissional.

Evolução da cadeira odontológica ao longo do tempo

As primeiras cadeiras utilizadas em consultórios odontológicos eram adaptações de poltronas comuns, o que, obviamente, não oferecia o conforto e a praticidade necessários para os procedimentos.

A cadeira odontológica passou por uma verdadeira revolução desde suas origens, acompanhando o avanço da ciência e da tecnologia na odontologia. Confira alguns marcos importantes dessa evolução:

1790-1812

A primeira cadeira odontológica conhecida foi utilizada por Josiah Flagg, um dentista norte-americano. 

Josiah percebeu que as cadeiras comuns não ofereciam o suporte adequado para realizar os procedimentos dentários com precisão e segurança. Naquela época, os atendimentos eram feitos em poltronas comuns, sem qualquer ajuste ou conforto para o paciente ou o profissional.

Flagg adaptou uma cadeira de madeira simples, acrescentando dois elementos fundamentais que fizeram toda a diferença. O primeiro foi um apoio de cabeça regulável, que permitia manter o paciente em uma posição mais estável durante os atendimentos, facilitando o acesso à cavidade bucal.

O outro foi um braço lateral adicional, projetado para segurar instrumentos odontológicos, mantendo-os ao alcance do dentista. Isso otimizava o tempo dos procedimentos e melhorava a organização durante o atendimento.

1871

Em 1871, um grande passo foi dado no desenvolvimento das cadeiras odontológicas: surgiu a primeira cadeira totalmente metálica. Esse modelo representou uma verdadeira revolução em comparação com as versões anteriores, que eram basicamente adaptações de cadeiras comuns de madeira.

Até então, as cadeiras usadas pelos dentistas tinham limitações claras: eram pouco resistentes, desconfortáveis e ofereciam poucos recursos de ajuste para melhorar a postura do paciente ou facilitar o trabalho do profissional. 

A introdução de materiais metálicos trouxe mais robustez, estabilidade e durabilidade, além de permitir novas possibilidades de design e funcionalidades.

1877

Com o tempo, surgiram modelos com ajustes manuais, que possibilitavam maior conforto para o paciente e melhores condições de trabalho para o dentista. Cadeiras com ajustes manuais começaram a aparecer, permitindo que o dentista posicionasse o paciente de forma mais adequada e trabalhasse com mais conforto.

A grande evolução veio com a incorporação da tecnologia. Sistemas hidráulicos e elétricos revolucionaram as cadeiras odontológicas, proporcionando movimentos suaves e precisos. 

O estofamento anatômico garantiu maior conforto para os pacientes, enquanto acessórios como refletores, bandejas e apoios para instrumentos otimizaram o trabalho do dentista.

Década de 1930

Na década de 1930, a odontologia já estava se tornando uma profissão mais estruturada, e o número de consultórios aumentava. Foi nesse contexto que as cadeiras odontológicas começaram a ser produzidas em larga escala, em um processo industrializado. Antes, as cadeiras eram feitas de forma quase artesanal ou adaptadas conforme a necessidade do profissional.

A fabricação em série trouxe padronização de qualidade e redução de custos, tornando as cadeiras mais acessíveis para dentistas em diferentes partes do mundo. Já a combinação de estruturas metálicas com estofamento mais confortável marcou os modelos dessa época. 

Embora o sistema hidráulico já tivesse sido introduzido décadas antes, nos anos 30 ele se tornou mais confiável e eficiente, permitindo ajustes de altura e inclinação com mais suavidade. Nessa época, as cadeiras passaram a ser integradas com alguns instrumentos básicos, como o refletor de luz e suportes para ferramentas.

Anos 1970

Já nos anos 1970, as cadeiras odontológicas passaram por uma transformação ainda mais perceptível, tanto no design quanto na funcionalidade. Essa época é considerada um divisor de águas na ergonomia dos equipamentos odontológicos.

As cadeiras passaram a ser desenhadas com foco no conforto anatômico do paciente. Além disso, seu formato anatômico ajustável, permite ao dentista posicioná-la da melhor forma, proporcionando mais ergonomia e facilitando a realização dos procedimentos. 

O equipamento começou a ser acompanhado por uma unidade de trabalho integrada, contendo seringa tríplice, sugador, instrumentos rotatórios e bandejas. Essa integração trouxe praticidade, pois o dentista podia trabalhar sem precisar se afastar da área de atendimento.

Além do sistema hidráulico, surgiram mecanismos elétricos, que tornaram os movimentos de inclinação e elevação mais suaves e precisos, controlados por pedais ou painéis simples.

Houve também uma grande evolução nos materiais, com estofamento acolchoado e anatômico, proporcionando mais conforto para o paciente, especialmente durante procedimentos mais demorados.

O visual das cadeiras odontológicas também mudou, com linhas mais suaves e modernas, acompanhando a estética dos equipamentos médicos da época. Surgiram cadeiras com revestimentos coloridos, combinando com o design dos consultórios, o que ajudou a deixar o ambiente menos intimidador para os pacientes.

Atualidade

Vivemos a era das cadeiras odontológicas automatizadas, com estofamento anatômico, comandos digitais e integração com equipamentos de alta tecnologia. O foco está no conforto do paciente e na otimização da prática clínica, com sistemas que ajudam a tornar o atendimento mais ágil e eficiente.

Hoje, a tecnologia continua a impulsionar a evolução das cadeiras odontológicas. Modelos com sistemas digitais e automação oferecem ajustes personalizados e memorização de posições, tornando os procedimentos mais eficientes e confortáveis tanto para o paciente quanto para o profissional. 

Além disso, novos materiais e designs ergonômicos estão sendo constantemente desenvolvidos, visando aprimorar ainda mais a experiência no consultório odontológico.

Tipos de cadeiras odontológicas

Existem diferentes tipos de cadeiras odontológicas, cada uma adequada para perfis de atendimento distintos. Entre as principais, podemos destacar:

Cadeira convencional: é o modelo mais comum, presente na maioria dos consultórios. Permite regulagens básicas e atende a maioria dos procedimentos.

Cadeiras odontológicas infantis: projetada para atender crianças, com dimensões adequadas e, muitas vezes, um design lúdico que ajuda a tornar a experiência mais agradável para os pequenos pacientes.

Cadeira para procedimentos cirúrgicos: com recursos específicos para cirurgias, esses modelos oferecem maior amplitude de movimento e precisão nos ajustes.

Cadeiras com unidade integrada: além do assento, inclui equipamentos como sugadores, refletor, seringa tríplice e até micromotores acoplados, oferecendo praticidade no dia a dia.

Leia também: Câmera intraoral: como usar essa tecnologia para fechar mais tratamentos

Componentes essenciais da cadeira odontológica

Independentemente do tipo, uma cadeira odontológica de qualidade costuma ter alguns componentes essenciais que fazem toda a diferença na prática clínica. Confira abaixo os principais componentes.

Unidade de Entrega Integrada (Equipo)

O equipo é um dos elementos centrais da cadeira odontológica. Trata-se de uma unidade de entrega integrada, onde ficam armazenados e organizados os instrumentos essenciais para o atendimento clínico. Entre eles motores de alta e baixa rotação, utilizados em procedimentos como remoção de cáries, polimento e preparo de cavidades.

Possui também a seringa tríplice, que fornece ar, água ou uma combinação de ambos, auxiliando na limpeza e secagem da cavidade bucal durante os procedimentos. O equipo mantém tudo ao alcance das mãos, otimizando o tempo e a eficiência do dentista durante o atendimento.

Sistema de sucção e biossegurança

Outro componente fundamental é o sistema de sucção, responsável pela remoção de saliva, detritos e outros fluidos da boca do paciente durante o tratamento. Ele pode incluir:

  • Sugador de alta potência;
  • Sugador de baixa potência.

Além de melhorar a visibilidade e o conforto durante o procedimento, o sistema de sucção também é uma peça-chave na biossegurança, ajudando a manter a área de trabalho limpa e a reduzir o risco de contaminação cruzada.

Refletor e iluminação

A iluminação é essencial para que o dentista tenha uma visão clara e precisa da cavidade bucal. Os refletores das cadeiras odontológicas evoluíram bastante e hoje podem ser encontrados em dois principais sistemas: halógeno e LED

Painel de controle e pedal

O painel de controle, geralmente localizado no equipo ou na lateral da cadeira, e o pedal de comando são responsáveis por acionar e ajustar as funções da cadeira. Eles permitem ao dentista controlar a altura e a inclinação do encosto, posicionando o paciente de forma ergonômica.

A movimentação automática da cadeira, com comandos programáveis que facilitam a troca rápida de posições durante os atendimentos, também podem ser controlados. Já o pedal de comando, em especial, permite que o dentista mantenha as mãos livres e continue o procedimento com fluidez, sem precisar interromper para fazer ajustes manuais.

Quanto custa uma cadeira odontológica?

O preço de uma cadeira odontológica pode variar bastante, dependendo dos recursos e da tecnologia embarcada. Modelos mais simples podem custar a partir de R$ 7.000,00, enquanto opções mais completas, com unidade integrada e recursos avançados, podem ultrapassar R$ 50.000,00.

Além da cadeira odontológica em si, os preços variam de acordo com a marca, acessórios inclusos, tecnologia usada na fabricação, disponibilidade de assistência técnica, cidade ou região onde o fabricante/distribuidor está localizado.

A pesquisa de preços que fizemos para esse artigo foi realizada no dia 11/03/2025, e contava com preços variados. Veja alguns modelos encontrados e seus preços:

  1. Cadeira Odontológica S502 H – Saevo: R$ 76.000,00
  2. Consultório Odontológico S201 – Saevo: R$ 21.330,30
  3. Consultório Odontológico Wodo Mille: R$ 38.100,00
  4. Consultório Odontológico Gnatus G1 FIT SF – PVC: R$ 21.972,90

ATENÇÃO: os preços acima possuem caráter exclusivamente informativo, sem a intenção de persuadir você a adquirir o produto/marca. A Clinicorp também não está ganhando nada ao divulgar os links acima.

Outro fabricante bem-conceituado na área de cadeiras odontológicas é a Olsen. Com um portfólio específico de cadeiras e equipamentos odontológicos, a Olsen tem o equipamento certo para cada perfil de clínica. E o melhor: é uma parceira da Clinicorp – clique aqui para saber mais

Vale lembrar que, além do preço inicial, é importante considerar os custos de manutenção, eventuais upgrades e a durabilidade do equipamento. Investir em uma cadeira de qualidade influencia diretamente na experiência do paciente e na ergonomia do profissional.

Conclusão

A cadeira odontológica é um equipamento multifuncional, que vai muito além de um simples apoio para o paciente. Seus componentes e tecnologias estão diretamente ligados à qualidade do atendimento, à ergonomia do profissional e ao bem-estar do paciente. 

Entender suas funcionalidades é fundamental para escolher o modelo que melhor se adapta à rotina clínica de cada consultório, já que é um fator que pode ser decisivo para que um paciente continue ou não o tratamento.

E, além de uma cadeira odontológica confortável, a clínica precisa contar com outras tecnologias, como um bom software odontológico. O Clinicorp é a escolha ideal para administrar a gestão da clínica em todos os setores, trazendo mais segurança, produtividade e lucratividade para a clínica.

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Olivia Gravina

Formada em Jornalismo e com cursos na área de marketing, atua desde 2014 com produção de conteúdo online e offline. Já colaborou para assessoria de imprensa em órgão público, trabalhou em agências e empresas de tecnologia, sempre focada em produzir conteúdos que gerem atração, informação, valor e impactos positivos.

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